Texto criticado por ONGs está disponível para download na
página das Nações Unidas
A ministra Isabella Teixeira e a presidente Dilma Rousseff
na delegação brasileira ao lado do ministro Antonio Patriota - Pieter
Zalis/UNIC Rio
O documento final da Rio+20, intitulado O Futuro
que Nós Queremos, foi publicado na página da conferência, nos idiomas oficiais
das Nações Unidas – inglês, francês, espanhol, chinês e árabe. O texto é o
mesmo, salvo pequenos ajustes que não alteram seu conteúdo, daquele apresentado
na terça-feira pela manhã, recebido com vaias no momento da apresentação pelo
ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.
O resultado, em última análise, resume-se a uma longa lista de promessas para avançar para uma "economia verde", que freie a degradação do meio ambiente, combata a pobreza e reduza desigualdades. Não são apontadas origens dos recursos para se realizar essa transformação – os meios de implementação –, o que de certa forma, repete um dos problemas da histórica antecessora, a Rio 92.
Entidades da sociedade civil denunciam o "fracasso" e a falta de ambição da conferência. “O acordo final é abstrato e não corresponde à realidade", afirmou Kumi Naidoo, do Greenpeace Internacional, um dos 36 ativistas que se reuniram com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na tarde desta sexta-feira, para entregar um documento com críticas das ONGs ao documento.
"O que vemos aqui não é o mundo que queremos, é um mundo no qual as corporações poluidoras e aqueles que destroem o meio ambiente dominam", completou, com a esperada agressividade que marca as posições do grupo.
O resultado, em última análise, resume-se a uma longa lista de promessas para avançar para uma "economia verde", que freie a degradação do meio ambiente, combata a pobreza e reduza desigualdades. Não são apontadas origens dos recursos para se realizar essa transformação – os meios de implementação –, o que de certa forma, repete um dos problemas da histórica antecessora, a Rio 92.
Entidades da sociedade civil denunciam o "fracasso" e a falta de ambição da conferência. “O acordo final é abstrato e não corresponde à realidade", afirmou Kumi Naidoo, do Greenpeace Internacional, um dos 36 ativistas que se reuniram com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, na tarde desta sexta-feira, para entregar um documento com críticas das ONGs ao documento.
"O que vemos aqui não é o mundo que queremos, é um mundo no qual as corporações poluidoras e aqueles que destroem o meio ambiente dominam", completou, com a esperada agressividade que marca as posições do grupo.
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O documento final que será adotado pelos líderes mundiais
cita as principais ameaças ao planeta: desertificação, esgotamento dos recursos
pesqueiros, contaminação, desmatamento, extinção de milhares de espécies e
aquecimento global, catalogado como "um dos principais desafios de nossos
tempos".
"Renovamos nossos compromissos com o desenvolvimento sustentável, para garantir a promoção de um futuro economicamente, socialmente e ambientalmente sustentável para nosso planeta e para gerações futuras e presentes", diz o rascunho do texto final de 53 páginas.
"Para 2030, precisamos de 50% mais alimentos, 45% mais energia e 30% mais água apenas para viver como vivemos hoje", advertiu Ban Ki-Moon, durante a reunião com as ONGs. Para 2050, estima-se que a população mundial será de 9,5 bilhões de pessoas.
Mulheres – A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, lamentou nesta sexta-feira que a defesa dos direitos reprodutivos da mulher - seu direito a decidir se tem ou não filhos - tenha ficado de fora do texto final, um pedido também feito por outras líderes como a presidente Dilma Rousseff.
Hillary substituiu na cúpula o presidente Barack Obama, que não foi ao encontro. A chanceler alemã, Angela Merkel, e o britânico David Cameron também estiveram ausentes. A ausência dos três líderes é, esta sim, uma lacuna que marcará a história das conferências mundiais sobre meio ambiente.
Fonte: http://veja.abril.com.br