Cada português produziu, em
média, 511 kg de de lixo no ano de 2010, o que corresponde a um total de 5,1
milhões de toneladas. Este valor fica acima da meta fixada para Portugal, mas
ligeiramente abaixo da média europeia, de acordo com os dados da Agência
Portuguesa do Ambiente (APA).
Do totalidade dos resíduos
sólidos produzidos em Portugal, 85% corresponde a recolha indiferenciada e 15%
a recolha selectiva – um valor que aumentou face a 2009 (13%).
Mais de metade dos resíduos (61%) foram enviados para aterro, apesar de haver
uma tendência de descida, seguindo-se a incineração com recuperação de energia,
com 18%. A valorização orgânica foi a opção para 8% dos resíduos. O lixo
recolhido em ecopontos ou porta-a-porta ascendeu a 356 mil toneladas.
As regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo foram as que mais produziram resíduos
urbanos, com 31% e 39%, respectivamente, situação “muito possivelmente
relacionada com o maior poder de compra e com a grande concentração de
actividades económicas”, explica o documento. Do total de resíduos urbanos,
cerca de metade são biodegradáveis. Destes, 64% vão para aterro, apesar dos
esforços para a construção de infra-estruturas de valorização para cumprir os
objectivos previstos na directiva comunitária.
A produção de resíduos urbanos em 2010 foi superior em cerca de 111 mil
toneladas à meta estabelecida pelo Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos
Urbanos (PERSU), de 5,073 milhões de toneladas.
Fonte: Indústria & Ambiente